As guerras na Palestina após 1948

segunda-feira, 7 de março de 2011

Com o fim do mandato e a proclamação do Estado de Israel em maio de 1948, os sionistas continuaram a ocupar territórios árabes, provocando a entrada na Palestina dos exércitos regulares dos países vizinhos (Síria, Líbano, Transjordânia e Egipto), dando origem à guerra de 1948 ou primeira guerra árabe-israelita – conflito conhecido ainda como a Guerra da Palestina (para os países árabes), a Guerra de Independência (para os judeus), ou ainda o Desastre (para os palestinos), embora a história mostre que de fato trata-se de uma Guerra de Colonização.

Aos palestinos que abandonaram ou foram expulsos das áreas ocupadas pelos israelitas não foi permitido o regresso a suas casas. Deslocaram-se para campos de refugiados localizados em países vizinhos tais como o Líbano, a Jordânia, a Síria e para a área que mais tarde se tornaria conhecida como a Faixa de Gaza.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente foi criada para melhorar as condições destes refugiados.Durante as décadas seguintes ao fim da guerra de 1948, entre 700.000 e 900.000 judeus abandonaram os países árabes onde viviam. Em muitos casos isto foi devido a um sentimento anti-judeu, ou devido a expulsão (no caso do Egipto) ou ainda devido a opressões legais (no Iraque). Deste número, cerca de dois terços acabaram por se deslocar para campos de refugiados em Israel, enquanto que os restantes migraram para França, Estados Unidos da América e para outros países ocidentais (incluindo a América Latina).Até à Guerra dos Seis Dias a Jordânia controlou a Transjordânia e o Egipto controlou a Faixa de Gaza.

Em 1950, a Jordânia anexou a Transjordânia, mas tal facto foi apenas reconhecido pelo Reino Unido. Ambos os territórios foram conquistados (mas não anexados) por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Nem a Jordânia nem o Egipto permitiram a criação de um estado palestino nestes territórios.Um dia após a declaração unilateral de “independência” de Israel, em maio de 1948, foi deflagrada a primeira guerra árabe-israelense (1948-49), quando os árabes atacaram os territórios reservados ao Estado palestino pelo plano de divisão da ONU - e não, como freqüentemente se afirma, as terras do Estado judeu. Após vencê-la, Israel passou a ocupar mais de 70% do território da Palestina, enquanto a Cisjordânia formaria parte da Jordânia e a Faixa de Gaza do Egito.

Com a guerra do canal de Suez em 1956, inaugurou-se a Guerra Fria no Oriente Médio. Os Estados Unidos e a União Soviética intervieram para impor o fim da ofensiva da França, Inglaterra e Israel contra o Egito do presidente Gamal Abdel Nasser, que nacionalizara a Companhia do Canal de Suez a fim de obter recursos para alavancar reformas sociais e econômicas.

Em 1964 os Palestinos criam a OLP.Em 1967 O Egito bloqueia o canal de Suez aos navios israelenses e inicia manobras militares na península do Sinai próximo a fronteira israelense ao mesmo tempo que a Jordânia e Síria mobilizavam seu exércitos na fronteira com Israel. Prevendo um ataque eminente destas nações, Israel inicia a Guerra dos Seis Dias na qual Israel conquista as regiões da Faixa de Gaza, Monte Sinai, Colinas de Golã, Cisjordânia e Jerusalém oriental.

Em 1973 começa a Guerra do Yom Kippur e entre 1977 a 1979 Israel e Egito fazem um acordo de paz e a região de Sinai é devolvida para o Egito.Em 1982 Israel invade o Líbano em uma tentativa de neutralizar os ataques realizados pela OLP a partir deste país. Em 1987 explode a Intifada.

Em 1988 o Conselho Palestino renuncia a Intifada e aceita o Plano de Partilha da ONU.Em 1993 com o Acordo de Paz de Oslo foi criada a Autoridade Palestina com o comando de Yasser Arafat, mas os termos do acordo jamais foram cumpridos pelos palestinos.

A partir de 2000 iniciou-se o segundo levante da Intifada, em 2001 Ariel Sharon é eleito primeiro-ministro do Estado de Israel, onde ocupa territórios Palestinos e dá o início da construção da cerca da Cisjordânia, para dificultar os atentados dos terroristas homens-bombas palestinos, em 2004 Yasser Arafat morre e deixa o cargo da Autoridade Palestina para o eleito Mahmud Abbas e Israel destrói assentamentos judaicos na Faixa de Gaza e Cisjordânia, mas o terrorismo palestino continua.

Em 2006 o Hamas, grupo fundamentalista que não reconhece a possibilidade da existência de Israel obtém maioria dos votos nas eleições para o parlamento palestino, inviabilizando as possibilidades de paz.

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